sábado, 2 de dezembro de 2017

TSE encontra três falhas de segurança no sistema da urna eletrônica

No entanto, o presidente Gilmar Mendes e o coordenador do órgão disseram que não há motivos de preocupação. Teste foi realizado com 16 especialistas em TI

Agência Brasil

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Um teste público de segurança realizado nesta semana pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com a urna eletrônica identificou um total de três “falhas relevantes” com o software do dispositivo, segundo o presidente do órgão, o ministro Gilmar Mendes.  

De acordo com informações da Agência Brasil, essas três falhas são recentes e resultado das atualizações realizadas neste ano na urna eletrônica de olho nas Eleições de 2018, quando será votado os próximos presidente, governadores, senadores e deputados estadual e federal.

Sem preocupações

Mendes afirmou que “não há motivo” para os eleitores se preocuparem com a segurança da urna eletrônica por conta das falhas encontradas no teste público do TSE. 

Já o coordenador de Sistemas Eleitorais do TSE, José de Melo Cruz, destacou que esses problemas não vem de eleições passadas e que podem ser resolvidos “em uma semana”.

No total, 16 especialistas em tecnologia da informação (TI) participaram do teste de segurança do TSE com a urna eletrônica. Na véspera dos testes, os experts puderam acessar o código-fonte do software para realizar ataques contra a urna.

Falhas

De acordo com Cruz, a principal falha encontrada foi na chave eletrônica que dá acesso à urna, no momento de transferência das informações sobre os votos. Mesmo com esse acesso, o coordenador aponta que os especialistas não conseguiram “alterar ou identificar o voto”.

Vale notar que esse acesso só seria possível caso um hacker conseguisse ter acesso físico a alguma urna, uma vez que elas não possuem nenhum tipo de conectividade de rede. Como há vigilância constante durante a votação, “isso seria pouco plausível”, afirmou Cruz.

O coordenador dos Sistemas Eleitorais do TSE ainda ironizou as diversas teorias da conspiração que surgem em todas as eleições, principalmente em redes sociais e apps de mensagens, sobre uma suposta falta de segurança das urnas. Segundo ele, essas teorias “são tão verdadeiras quanto a teoria de que a Terra é plana”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário