terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Nosso projeto está aberto para o PT, diz Armando ao lado de DEM e PSDB

Oposição tem primeiro encontro no Estado


Foto: enviada a este site foto de divulgação

Alinhado a partidos de oposição ao PT após duas eleições ao lado dos petistas, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) fez um aceno ao partido nesta segunda-feira (11), em ato de oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) no Recife. O petebista tenta evitar a concretização da aliança entre petistas e socialistas, que vem se desenhando nacionalmente e pode também se consolidar no Estado. 

“O nosso projeto está aberto para o PT. Nesse momento sabe qual é o nosso partido? É Pernambuco. Para a bandeira de Pernambuco não devemos alimentar preconceitos nem separação”, afirmou após discursar ao lado do ministro da Educação, Mendonça Filho, e do deputado federal Bruno Araújo, lideranças do DEM e do PSDB, respectivamente. Ambos fizeram parte na Câmara do grupo que articulou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Armando já havia adotado o mesmo tom durante o discurso. “Não pode ser um projeto excludente, que alimente preconceitos. Esse projeto está aberto a todas as forças que tenham compromisso com Pernambuco. Portanto, quem quiser vir será muito bem-vindo”, disse.

Antes do senador, Mendonça Filho havia mencionado a reaproximação entre PT e PSB. “Aqueles que estão no Palácio há pouco tempo estavam sendo acusados pelo Partido dos Trabalhadores de traidores e hoje já se aproxima. Pura conveniência, nada em função e tendo Pernambuco como objeto maior”, afirmou em discurso.

Foto: enviada a este site foto de divulgação

Depois, em entrevista, falou: “O nosso propósito é unirforças políticas em torno de Pernambuco, tendo foco no povo pernambucano como objeto da mudança que deve ser dirigida por um governo democrático e popular. A gente vai ampliar ao máximo essa discussão, buscando um projeto para Pernambuco a partir de 2018.”

Palanque de Temer

O senador ainda respondeu à divisão de que do lado dele está o palanque de aliados de Michel Temer (PMDB), enquanto os socialistas seriam de oposição ao peemedebista.

“Vejo esse grupo que governa já querendo rotular esse palanque”, falou. “Eu falo com a autoridade de quem não ajudou a constituir esse governo. Eles ajudaram”, lembrou que o PSB foi favorável ao impeachment. “Mas eu voto todas as vezes que esse governo nos apresentar um projeto ou uma iniciativa de interesse do País. A luta política há de ter limites. Não podemos colocar os interesses partidários acima do País. Esse governo, apesar de todo o estigma, tem gerado iniciativas importantes ao País”, defendeu.

Foto: enviada a este site foto de divulgação

Armando ainda alfinetou Paulo Câmara. “Hoje o que move esse grupo é a manutenção do poder de um grupo que já não serve a Pernambuco”, afirmou. “Vivemos tempos de mediocridade”, acrescentou. “Liderança não se adquire por nomeação, por delegação, por mais legítima que ela pudesse ser na sua origem. Liderança se adquire na luta.”


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