domingo, 26 de março de 2017

Protesto reúne poucas pessoas na Esplanada dos Ministérios

Grupos que foram pró-impeachment voltaram às ruas com pautas como o fim do foro privilegiado, contra a proposta de lista fechada nas eleições e a favor da ação da Polícia Federal

Correio Braziliense

Grupos pedem o fim do foro privilegiado em frente ao Congresso

Grupos que organizaram protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff voltaram às ruas neste domingo (26/3). Em Brasília, os manifestantes começaram a se reunir por volta das 10h30, na Esplanada dos Ministérios. Segundo a Polícia Militar, 630 pessoas participaram da ação. Às 12h, o pequeno grupo começou a deixar o local, deixando lápides com figuras políticas em frente ao Congresso. Entre elas, Dilma Rousseff, Romero Jucá, Fernando Collor, Aécio Neves, Gleisi Hoffmann. 
 
A organização do evento esperava reunir de 5 a 10 mil pessoas. De acordo com Juliana Dias, do movimento 'Vem pra Rua', o grupo foi prejudicado porque o metrô do DF ficou fechado até as 10h. "Foi sacanagem do Rollemberg", reclamou a militante. O Metrô-DF anunciou, na sexta-feira, que funcionaria em horário especial — das 10h às 22h — neste domingo em função do clássico Flamengo x Vasco, marcado para as 18h30, no Mané Garrincha.
 
Com pauta mais difusa em comparação à última vez que o grupo saiu às ruas, os manifestantes declararam apoio à Lava-Jato e alegavam luta pelo fim do foro privilegiado e contra a lista fechada nas eleições, modelo em que o eleitor vota em uma lista de candidatos predefinida pelo partido.  Nas ruas, cartazes criticavam o ex-presidente do Senado Renan Calheiros e simulavam o enterro da "velha política".

As reivindicações também incluem críticas ao uso de recursos públicos em campanhas eleitorais, aumento do fundo partidário. Alguns grupos também apoiam a revogação do Estatuto do Desarmamento e a intervenção militar. A professora aposentada Priscila La Banca, de 53 anos, foi ao protesto de Brasília contra o financiamento público de campanha: "Não quero dinheiro meu financiando político, quero escola e hospital", argumentou. 
 

Fora, Temer?

Os protestos ocorrem duas semanas após das manifestações contra a reforma da Previdência, organizadas por centrais sindicais e entidades ligadas a movimentos sociais, que levaram milhares às ruas em 17 Estados, nas quais foram ouvidos gritos de “fora, Temer”. 

Para os organizadores, os atos deste domingo não são um contraponto aos de 15 de março. Antes das manifestações, eles descartaram pedir a saída do presidente Michel Temer. O argumento é de que, por enquanto, não há provas do envolvimento direto do presidente em atos ilícitos.

Trânsito

A manifestação demandou um esquema especial de trânsito na Área Central de Brasília. As vias S1 e N1 do Eixo Monumental foram fechadas do acesso da L4 Sul à Esplanada até a Rodoviária do Plano Piloto. Os motoristas poderão desviar pela parte de trás dos Ministérios, nas vias S2 e N2.



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