Por André Luis
Do blog de Nill Júnior
Os trabalhos para a revitalização do Rio Pajeú continuam. Nesta
sexta-feira (17), o grupo de voluntários se reuniu novamente pela terceira
sexta-feira seguida, dando continuidade à retirada das plantas invasoras do
leito do Rio em Afogados da Ingazeira.
Já é possível ver uma mudança significativa no local e isso
parece estar incentivando cada vez mais os voluntários. Outra coisa que tem
contribuído também para incentivar as pessoas que estão doando uma parte de seu
tempo para realizar a ação, são gestos de solidariedade, que parte de pessoas
comuns da sociedade e de onde menos se espera.
Ana Carla que faz parte do Rotary, que também faz parte do
mutirão, relatou que na sexta-feira passada dia 10, uma senhora já de idade
avançada e com dificuldades para caminhar, se deu ao trabalho de ir até o local
levando consigo um pacote de biscoitos para doar aos voluntários. “Isso nos
encheu de esperanças e renovou as nossas forças”, disse Ana Carla.
No entanto sabe-se que há muito
trabalho pela frente, afinal são quase 400km de extensão para serem limpos e
assim como já disse o mentor do projeto, Augusto Martins: “esse é apenas o
pontapé inicial para uma ação maior”.
O trabalho continua, mas infelizmente algumas pessoas parecem
não se conscientizar, e continuam a sujar o corredor que dá acesso ao Rio, que
fica por trás da Avenida mais movimentada do município, a Manoel Borba.
O local que foi limpo ha três semanas, hoje se encontra com
sacolas plásticas contendo lixo, metralhas e todo tipo de entulho, que são
jogados de forma indiscriminada por comerciantes da região, até resto de
computador é possível encontrar no local.
Em entrevista ao repórter Celso Brandão, in loco, padre Luizinho
falou sobre os trabalhos que estão sendo realizados e aproveitou para pedir um
pouco mais de consciência por parte dessas pessoas que continuam descartando
seus lixos de forma irregular.
Padre Luizinho disse que na
próxima sexta-feira (24), vai levar um grupo de pessoas de Ingazeira para
contribuir com o mutirão. “Temos lá um grupo pequeno, porém significativo que
trabalha com reprodução de mudas e a gente está combinando, sexta-feira deve
vir um grupo de doze ou treze pessoas para colaborar com este mutirão”.
Padre Luizinho, que esteve presente no primeiro ato, há quinze
dias, disse que ficou chocado com o que viu no corredor que dá acesso ao Rio,
na manhã de hoje. “Eu fiquei um tanto quanto chocado quando cheguei aqui pela
manhã, porque há quinze dias, demos início a questão da limpeza e hoje ao
chegar esse beco que dá acesso ao Rio Pajeú, tem lixo novo e muito lixo! É
tanto que nós vamos na próxima sexta-feira, fazer a limpeza desse beco novamente,
porque onde tem lixo, se sabe, tem muito porco né, então onde tem muito lixo,
as pessoas que não tem consciência e que tem esse sentimento e esse instinto de
porco, se joga muito lixo aqui.
Padre Luizinho disse que a ação é simbólica e que não quer dizer
que o mutirão vai resolver a situação, visto que o Rio tem quase 400km de
extensão, mas que se cada cidade fizer como Afogados e Carnaíba que teve um ato
simbólico de limpeza nesta quinta (16), vai se criar uma consciência coletiva
fazendo com que as pessoas entendam a ação como um trabalho vital para a
região.
Nenhum comentário:
Postar um comentário