quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Balanço do governo Dêva Pessoa


O Prefeito de Tuparetama-PE Deva Pessoa (PSD) encerra neste sábado, (31), o mandato à frente do Executivo Municipal

Dêva Pessoa e Ivaí Cavalcante na campanha de 2012 para prefeito (Foto: Blog Tarcio Viu Assim)

Deva chegou ao poder em Janeiro de 2013, eleito numa disputada e inesperada eleição e substituiu o atual prefeito eleito Sávio Torres (PTB) que em 2012 não emplacou o sucessor.

Com o mote da Humildade, o Governo que com o Povo iria fazer Mais e as Mãos Limpas, Tuparetama-PE vivenciou quatro anos de sucessivas crises políticas e administrativas. O eventual mérito da campanha eleitoral não conseguiu alcançar o governo que chegou ao poder rodeado das melhores expectativas. A oportunidade de inaugurar um novo momento político se transformou em um gestor sem gestão que não poupou arrogância desde o primeiro momento pós-posse.

Vereador Danilo, Dêva Pessoa, Núbia Mamede, Ivaí Cavalcante e o vereador Joel Gomes (Foto:  Internet )

De ação concreta do governo Deva Pessoa, desde a primeira semana de gestão, o que não se pode duvidar é que foi uma eterna campanha judicial com efeitos políticos, para tornar Sávio Torres inelegível. Um verdadeiro pente fino foi feito nos oito anos de gestão na tentativa de encontrar algo que inviabilizasse o registro eleitoral de Sávio e para destruir o índice de aprovação de 94% com que deixou o governo. Concentrou recursos públicos e a energia do mandato numa corrida contra a candidatura de Sávio, que não logrou êxito jurídico, nem político. Sávio não só foi candidato, legitimado pela Justiça Eleitoral em primeira instância, como a decisão foi mantida por unanimidade nos órgãos colegiados e foi eleito pela terceira vez em 2016 para o cargo de prefeito do município. 

A criação ideológica fomentada pelo prefeito e sua equipe especialista em disseminar ódio e acumular derrota jurídica e política, tentou a muito custo construir na população a ideia de um Sávio corrupto, campeão de processo judicial e saqueador do erário. Marcas que não passaram pelo crivo da realidade e foram desmentidas na justiça e nas urnas. 

A concentração de recursos públicos para o pagamento de assessoria jurídica local, e especializada (Recife-PE) protagonizou os maiores índices de investimento por parte da prefeitura, no intuito de chegar a 2016 com a impossibilidade de Sávio ser candidato. Uma breve visita aos portais competentes para divulgação dos gastos públicos se encontra com facilidade o absurdo de montante investido em escritórios de advocacia e com serviços dessa natureza.

Paralela a essa ideia, a mesma equipe liderada pelo prefeito do improviso, tentou a mais custo ainda construir a ideia do “Prefeito de Mãos Limpas” e “Trabalhador”, duas criações que disseminadas na mídia institucional e eleitoral são facilmente desmentidas. Do prefeito trabalhador não se aponta grandes obras durante quatro anos de governo e já das já muito questionadas “mãos limpas”, as urnas confirmaram em 2016 que a ficção da propaganda não foi páreo para a realidade das mãos vazias de trabalho para mostrar.

Trator derrubando as mangueiras da Praça da Vila Bom Jesus (Foto: Mais Tuparetama)

O governo Deva já começou com a prática da destruição. A reforma que nunca finalizou da Praça da Vila Bom Jesus destruiu as trintenárias mangueiras que sombreavam as margens da Escola Francisco Zeferino Pessoa e o ponto de encontro dos moradores da vizinhança, levando a cidade a ser matéria negativa em sites de alcance regional e até nacional como o G1, (Clique aqui e reveja a matéria da G1) divulgando a falta de respeito com a natureza e de insensibilidade política. 

Moradores tentaram impedir, abranço as plantas, mas foi em vão. (Foto: Pedro Tôrres Filho/ VC no G1)

O início da gestão Deva foi marcado também pela mudança de local da Casa de Apoio do Munícipio em Recife. Nas gestões de Sávio, a casa era localizada na Madalena e atendia a população de Tuparetama, e, eventualmente de munícipios vizinhos que não dispunham do serviço, a casa foi entregue aberta e prestando todos os serviços necessários no final do mandato de Sávio, sem a interrupção do serviço. Em 2013 passou a funcionar no Bairro de Afogados, e prestou relevantes serviços durante a gestão Deva. Apesar do troca-troca de funcionárias no cuidado doméstico e dos incidentes com veículos do TFD que atendia a população no deslocamento. 

É bom lembrar que a Casa de Apoio de Tuparetama, foi uma criação do ex-prefeito e ex-presidente da AMUPE Pedro Torres Tunú, e, que foi copiada por outros municípios e teve em sua história o próprio Deva Pessoa como hóspede e funcionário, o que parece ter sido esquecido pelo candidato.

Núbia Mamede
A crise política e administrativa iniciou já na definição dos nomes do secretariado. Se em campanha, o candidato Deva bradou que nenhum familiar próximo iria integrar os quadros do municipalismo, o prefeito eleito teve como primeiro anúncio a namorada Núbia Mamede para Secretária de Saúde.

Ainda sobre o secretariado, a população passou os quatro anos sem conseguir identificar quem geria cada pasta. Secretário de Obras atuando em pasta de transportes, de Educação atuando na Cultura, de Saúde acumulando ilegalmente cargos e o prefeito sem atender ligação e sem ser encontrado no munícipio. 

Os veículos adquiridos pela gestão em parceria com programas federais, como o PAC 2, prestaram serviço á particulares e em outros municípios e até estados, culminando inclusive com ação iniciada pelo Ministério Público Federal em tramitação e já com liminar para bloquear valores na conta do prefeito.

Ivaí Cavalcante
A inabilidade política do gestor permitiu que durante o governo o Vice Prefeito Ivaí Cavalcante e os vereadores “adquiridos” pós-eleição passassem a gestão brincando de ping-pong, de entrar e sair da base do governo, até vésperas da eleição quando as porcas voltaram para o parafuso a fim de dar corpo à campanha política, já que se furtaram do compromisso durante o mandato. 

As reformas iniciadas, como a da Casa da Cultura e da Unidade Mista de Saúde Severino Souto Siqueira, se arrastaram durante toda a administração e só foram entregues nas últimas 96 horas do governo e, graças a recursos extras chegados de última hora da repatriação de divisas federais, as contas atrasadas que marcaram todo o mandato foram colocadas em dia, caso contrário, o desastre seria ainda maior.

Além do material de péssima qualidade colocado nas obras públicas, como nas praças reformadas e no posto de saúde de Santa Rita onde parte do material teve que ser substituído e o serviço refeito por comprometer a durabilidade e a segurança dos serviços oferecidos, a falta de zelo ficou evidente em cada uma das ruas da cidade. Muitos prédios estão deteriorados por falta de manutenção, como é o caso do matadouro público municipal, interdito pela justiça!

Matadouro Público Municipal  de Tuparetama (Foto: Mais Tuparetama)

A falta de manutenção da estrutura da cidade como a iluminação básica, o matadouro público e os portais denunciam a incompetência de um governo que esqueceu o serviço público, função principal do executivo municipal para perseguir politicamente os adversários.

No tocante as festividades municipais, o atraso na divulgação de programação foi o retrato mais evidente da desorganização do governo. Em abril de 2015, a atração Jorge de Altinho paga pela FUNDARPE, teve emitida duas notas fiscais, acerca do mesmo objeto de pagamento, a contratação do artista, e que até a presente data ainda não foi esclarecido pelo poder público municipal o episódio da duplicidade dos pagamentos.

53° Aniversário de Tuparetama. O cantor pernambucano Jorge de Altinho foi a grande atração da festa - 2015 (Foto: Blog Tarcio Viu Assim)

O prefeito que também é professor bradou a conquista de uma Escola no valor de R$: 1.000.000,00 (um milhão de reais) com seis salas de aula e a ser construída na Vila Bom Jesus. A menos de 03 (três) dias para encerrar o governo a obra conta com pouco mais de dez por cento construído e está paralisada. O engodo do quase ex-prefeito Deva Pessoa é tão gritante,  que esconde que o projeto da Escola foi idealizado por Sávio, e aprovado em março de 2012, último ano de sua gestão Sávio Torres pelo Ministério da Educação (MEC). 

A queixa geral dos fornecedores da prefeitura se arrastou durante o mandato. A ponto de no último ano de governo, fornecedores de medicamento do Hospital retirarem a medicação por falta de pagamento. Os postos de gasolina pararam de abastecer os carros da prefeitura e já no início da gestão computadores foram removidos das repartições públicas por falta de pagamento. Os postes da Praça inacabada da Vila Bom Jesus chegaram a ser retirados. 

Dentro do perfil inoperante do prefeito que não cuidou em captar recursos, existe, ainda, emenda aprovada e verba garantida para construção de melhorias sanitárias junto a FUNASA, que pela displicência da gestão, os projetos não foram enviados em tempo hábil para liberação e execução da obra. São aproximadamente 700.000,00 (setecentos mil reais) que o município deixou de receber pelo descaso da atual gestão. Sendo necessário o prefeito eleito Sávio Torres, acionar o Ministério Público para conseguir a prorrogação de prazo do envio do projeto para assegurar a sua execução no próximo mandato, sem prejuízo a população.

O último ano de gestão foi direcionado as inaugurações às pressas e ao pagamento mais que tardio de muitos fornecedores com recursos extras da repatriação de divisas do governo federal (...)

A saúde, gerida pela primeira dama do município durante quase todo o mandato, foi moeda de troca na concentração de empregos de grupos familiares em troca do apoio político que no final das contas, não fez a diferença. 

Charge

Hospital sem médicos, escala de plantonistas reduzidas, centro cirúrgico fechado, frota indisponível, falta de humanização no atendimento e ausência de carisma das gestoras que passaram pela pasta. Por fim, a inauguração de uma reforma literalmente de fachada. Esse é o retrato da saúde que está sendo entregue pelo governo em ruínas. 

Charge
A distribuição de empregos de um município que já conta com poucas oportunidades ficou concentrada em poucas famílias e a falta de acesso da população ao prefeito e de diálogo entre os funcionários de primeiro e segundo escalão acompanharam todo o governo. A ponto de se tornar pública a queixa de vereadores acerca da sua inacessibilidade.

A Casa da Cultura funcionou apenas 03 (três meses) e ficou fechada até o último mês de governo, mas a perseguição política funciona até o seu último momento. A retirada de apoio a projetos sem cunho político, mas de inegável relevância para a vida cultural do município, como o BALAIO CULTURAL, a falta de incentivo à produção artística local, e o abandono á classe artística refletiu, inclusive, no apoio da classe dos artistas do município a Sávio Torres nas eleições de 2016.

Diante do balanço de um governo perseguidor, que fracassou em todas as suas estratégias de ilusionismo e pouco trabalho, a população rejeitou em 2014 majoritariamente todos os seus candidatos, e em 2016 gritou nas urnas a demissão de um prefeito que não deu certo, perseguiu muito e trabalhou pouco.


A expectativa da população para o novo governo é que seja o retorno do trabalho e do progresso, como já se conhece da marca Sávio Torres. Instado a falar sobre eventuais desmandos cometidos pelo atual gestor em programa de rádio, Sávio Torres assegurou que não irá medir esforços para se apurar o que houver de mal feito e enviar para os órgãos competentes para apurar e, se for o caso, punir os responsáveis, mas, tranquilizou a população que não irá gastar os 04 anos do seu mandato para perseguir ninguém. Sávio Torres falou ainda que irá contratar auditoria para verificar eventuais irregularidades para enviar à justiça e aos órgãos competentes para apuração, mas, irá concentrar os maiores esforços em restabelecer prontamente os serviços paralisados e com funcionamento precário, como é o caso da Saúde do município. “Neste momento, é mais importante pra população um hospital funcionando e os serviços prestados com qualidade pra nossa gente, as obras serão retomadas em um segundo momento, assim que forem finalizadas as auditorias.” Frisou.

Prefeito eleito Sávio Torres (Foto: Mais Tuparetama)

Apagadas as luzes da ribalta, após o festival de ilusões do governo que termina, ascende-se a chama da esperança nos corações dos que acreditaram e depositaram o voto de confiança no trabalho do Prefeito Eleito Sávio Torres e a partir das 00h00minh deste domingo se inicia um novo governo que chega aos degraus da prefeitura com muito entusiasmo, competência e seriedade para executar dezenas de projetos e ações para a melhoria da população de Tuparetama.

Que se desarmem os palanques e se construam os novos e prósperos caminhos para o futuro da nossa cidade com muito trabalho, desejando um feliz 2017, a Princesinha do Pajeú!

Avante!    - Pedro Torres Filho Poeta e advogado




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